segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Crua



Sinto fluir o gosto dos dias negados
Delimito o caminho das flexas
Devolvo o sal que queima a lingua
Faço minha coroa com meus próprios espinhos
Na ferida sinto o sangue quente
Olho fixo para o sol e a boca sorri
Defloro minhas virtudes fantasiadas
Arranco da pele arames coloridos
Me vejo crua e contemplo a cor da carne
Refaço sonhos ,mudo caminhos
Descubro o novo ângulo a cada queda
Feliz por ser humana
Reaprendo a nascer todos os dias...

2 comentários: