quinta-feira, 23 de julho de 2009

Estéril sorriso


Olhos que se prendem nas profundezas de um sorriso
Maldita boca que suga esperança e ternura
Esta desprovida de recursos próprios
Apropria-se do que jamais fora capaz de gerar
Estéril sorriso
Este não mostra a face escondida
Pintura feita por sangue
Boca que leva a abismos, contidos desejos.
Olhos por vezes cativos.
Até que eles percebem a pintura
O sangue escorre, não tem como negar...
Tolos olhos que ainda se compadecem
Chora com a boca que sangra
Olhos que choram por não observar,
que o sangue que escorre não é o da boca
Esta não é capaz de sangrar...
O sangue é de alguém
Que a boca fria continua a mastigar...

Um comentário: