sexta-feira, 24 de julho de 2009

Violada



Toma-me como da primeira vez
Segura meu colo firme para que não fuja
Olhos que perseguem cada pedaço
Cola em minha boca tua fome
Respira-me
Leva minha pureza ainda mantida
Resgata o que já é seu
Transgrida-me e liberte sua loucura
Tira meu ar e alimente-se de meu corpo
Revele vontades insanas
Cave em meu poço tua água limpa
Chora em meu ventre
Renova-me e terás vida eterna
Transfusão de fluidos e desejos
Meu sangue flui em teus órgãos
Teu corpo não sobreviverá mais sem ele

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Só posso falar uma coisa: ui ui ui...rsrsrsr

    A poesia quer gozar para desaguar sempre na ansiedade criativa de quem a toma por inteiro.
    Amei,amei, você deveria escrever mais vezes assim, contemplo todos os teus íntimos furacões...

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